sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Para humanidade se humanizar...

Um profeta chegou certa vez a uma cidade para converter seus habitantes.
A princípio, as pessoas ficaram entusiasmadas com o que ouviam. Mas pouco a pouco, a rotina da vida espiritual, o viver com amor, humildade, humanidade era tão difícil frente à valorização dos bens que toda sociedade pregava em seu modo de vida do "somos o que temos, não o que sentimos e fazemos", que homens e mulheres se afastaram, até que não ficou uma só alma para ouvi-lo.
Um viajante, ao ver o profeta pregando sozinho, perguntou: “Por que continuas exaltando as virtudes e condenando a ignorância, preocupando-te com o próximo, que já demonstrou que só querem ter, para também poder ser. Não vês que ninguém aqui te escuta?”
“No começo, eu esperava transformá-las para ajudá-las a entenderem a vida e o mundo”, disse o profeta. “Se ainda hoje continuo pregando, é apenas para impedir que as pessoas me transformem, a esperança esteja viva e não se perca o sentido mais amplo da palavra humanidade”.